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sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Vasculhando o universo online, encontrei uma publicação que, com certeza, entra na lista das minhas necessidades literárias para 2015 e que tem tudo a ver com o tema deste blog: Equipes e Cooperação - o Elo Essencial, de Luciano S. Lannes.

Que maravilhoso ver o interesse em relacionar a cooperação com o ambiente de trabalho! Sempre foi o meu objetivo estudar mais a fundo essa relação e conseguir explanar de alguma forma, seja ela em blog ou em tese de mestrado ou doutorado. De fato, parabéns pela iniciativa!

Para despertar mais o interesse pela leitura, segue a sinopse retirada do site da Livraria Cultura: segundo o autor, o trabalho em equipe é uma das competências mais exigidas para qualquer profissional no século XXI. Interagir de forma positiva com pares, superiores e subalternos é fundamental para que os objetivos sejam alcançados, otimizando tempo e recursos. Esta obra é um trabalho que procura envolver o leitor trazendo os problemas do dia a dia e propondo soluções. Apresentando elementos práticos para uma atuação mais consciente; um passo a passo para a construção de verdadeiras equipes de trabalho equilibradas, harmoniosas e produtivas.

Excelente a proposta do livro, assim, após uma leitura mais minuciosa voltarei com minhas observações a respeito.

(imagem extraída do site da Livraria Cultura em 02.10.2015, http://www.livrariacultura.com.br/p/equipes-e-cooperacao-29529803?id_link=200035281&utm_source=buscape&utm_medium=cpc&utm_term=Equipes-E-Coopera%E7ao&utm_campaign=cpc&utm_source=buscape&utm_medium=cpc&utm_campaign=LIVROS&utm_content=%5B29529803%5D%20EQUIPES_E_COOPERACAO)


    sábado, 23 de março de 2013

    Como tudo começou... jogos cooperativos



        Relendo os posts de 2007 vi que prometi escrever sobre os princípios teóricos da cooperação e da competição que me fizeram ter o ponto de vista que defendia (e ainda defendo), princípios estes que fundamentam a minha visão de como devemos agir quanto organização.

        Este post tao prometido esta em desenvolvimento, nao se preocupem! Foram 6 anos longe desse tema, mas que jamais deveria ter deixado de lado. Antes de retomar as explanações, senti a necessidade de contextualizar o porque de ter voltado a escrever no blog, e mais: do porque de ter retomado este tema que tanto me fascinou.

        Vale dizer que a base teórica que tinha naquela epoca estava restrita a formação do educador, principalmente da área de Educação Física (principal focos daqueles que escrevem sobre os jogos cooperativos). Tive grande dificuldade em desenvolver meu trabalho de conclusão do curso de Letras Português/Espanhol em 2005 porque nao havia (e creio que ainda nao ha) uma base bibliografica forte sobre o tema em outras areas de ensino como, no meu caso, ensino-aprendizagem da língua espanhola no Ensino Médio. 

       Ah, quero aproveitar a oportunidade de agradecer ao Fabio Otuzi Brotto, quem muito me ajudou no desenvolvimento da minha monografia sem nunca ter me conhecido pessoalmente (apenas por troca de e-mails) e ao Terry Orlick, quem idealizou na decada de 70 os jogos cooperativos.

        De uma certa forma me sinto pioneira em ter feito uma pesquisa sobre o assunto no ensino da lingua espanhola, pois naquela epoca nao lembro de ter localizado ninguem que houvesse publicado algo sobre isso. Tanto que decidi publicar meu trabalho de monografia da SBPC realizada em Fortaleza-CE em 2005, sobre o tema:

    JOGOS COOPERATIVOS: 
    FACILITADORES DO ENSINO-APRENDIZAGEM DA LINGUA ESPANHOLA NO ENSINO MEDIO


    *publicado nos Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005 (http://www.sbpcnet.org.br/livro/57ra/programas/senior/RESUMOS/resumo_1207.html)


       Mas os anos passaram e a vida se encarregou de trilhar um outro rumo para meus passos profissionais. Entrei no Unibanco, trabalhei com Gestão de Pessoas e Acompanhamento de Metas, voltei meus estudos para Administração de Empresas na epoca e me veio a ideia de aplicar os meus conhecimentos em jogos cooperativos tambem no ambiente bancario, um ambiente extremamente competitivo e que exerce muita pressao psicologica e física em seus funcionários. Sei que como jogo em si nao seria possivel aplicar, mas utilizar a essência da cooperação para melhorar o dia a dia do ambiente de trabalho e assim aumentar o prazer e diminuir o sofrimento nesse ambiente. Nao consegui ainda aplicar essa minha ideia e, mesmo tendo mudado de casa financeira, continuo com o proposito de desenvolver um programa de incentivo a cooperacao interna para o desenvolvimento da competicao externa das organizacoes.

          Assim que resolvi retomar o blog em questao, agora mais voltado para as organizacoes e ainda mais disposto a colaborar com a bibliografia disponivel no mercado sobre o assunto.



    sexta-feira, 8 de março de 2013

    Estive ausente, mas a prevalência da competição continua, firme e forte!

          Retornando após alguns bons anos longe do blog, vejo que esse tema continua em alta como sempre esteve. As economias brasileira e mundial tiveram suas oscilações e ainda esta se recuperando, o foco do governo mudou de direcionamento (ou sera que apenas mudou de líder?). E as empresas continuam buscando novas alternativas de galgarem ainda mais espaço (ou de criarem o seu próprio espaço) num ambiente extremamente competitivo. A questão que fica é sobre qual a porcentagem de cooperação ou de competição que de fato deva ser incentivada no ambiente de trabalho para que alcancem o seu espaço e apenas o ampliem gradativamente, de forma saudável e sustentável.

          Completando 7 anos no ambiente bancário e acumulando uma experiência considerável em matéria de cooperação e competição no ambiente de trabalho, ainda me espanto como que o ambiente organizacional quase nada sabe (ou nao quer saber) sobre as graves consequências da falta de cooperação e excesso de competição entre seus membros. Ainda encontramos muitos gestores que não entendem o grau de importância da cooperação no atingimento dos objetivos e das metas da organização, e do trabalho em equipe e com equipes.

          Lendo assim pode parecer que sou completamente contra a competição no ambiente de trabalho, mas não é verdade. A competição tem seu valor e em um ambiente empresarial como o bancário, o qual é disposto de tal forma que as pessoas praticam constantemente a competição entre seus colegas de trabalho em prol do atingimento das metas. Vale dizer que essas metas sao traçadas com base em perdas  financeiras (risco das operações contratadas), spread e nas conseqüências de ganhos, sendo calculadas sempre com um propósito bem definido por uma Diretoria.

         Assim, a competição serve de estimulo, o mesmo estimulo desenvolvido durante os anos escolares nas olimpíadas e nos jogos (esportivas ou nao). O que deve ser questionado é o momento de estimulo a essa competição e o momento do incentivo a cooperação.

          Com isso fica a pergunta: para se atingir as metas é primordial incentivar a competição entre os funcionários ou a cooperação, para que todos possam atingir o objetivo em comum?

        Com essa retomada do blog trarei alguns artigos e comentários sobre livros que dizem respeito a este assunto, pois o objetivo foi e sempre sera enriquecer a bibliografia a respeito de Cooperação Externa e Competição Interna no ambiente de trabalho.

    quinta-feira, 29 de novembro de 2007

    Mas o que cooperação e competição?

    De acordo com a definicao do sitio Infopedia, cooperação é o ato de colaborar para a realização de um projeto comum ou para o desenvolvimento de um campo do conhecimento; ato de unir esforços para a resolucao de um assunto ou problema, facilitando o acesso aos meios praticos para o conseguir.

    Ja competição, em definicao no mesmo dicionário, é a interação de indivíduos da mesma espécie ou espécie diferentes (humana, animal ou vegetal) que disputam alguma coisa. Esta disputa pode ser pelo alimento, pelo território, pela luminosidade, pelo emprego, pela fêmea, pelo macho, etc. Logo, a competição pode ser entre a mesma espécie (intra-específica) ou de espécie diferente (interespecífica). Em ambos os casos, esse tipo de interação favorece um processo seletivo que culmina, geralmente, com a preservação das formas de vida mais bem adaptadas ao meio ambiente, e com a extinção de indivíduos com baixo poder adaptativo.

    A vivência em sociedade faz com que saibamos que cooperar é ajudar mutuamente, crescer junto, agregar conhecimento, compartilhar aprendizados. Já competição é o ato que buscar ser e estar mais, é ambição (sadia ou não), é um grande motivo de disputa, é galgar sempre o primeiro lugar.

    Não queremos aqui definir qual é o melhor, pois partimos do pressuposto que os dois são complementares quando trabalhamos harmoniosamente, e são igualmente necessários para a sobrevivência no mercado.

    Ou seja, é necessário cooperar com os colegas para ser capaz de competir em vantagem. Cooperando aprendemos aquilo que o outro sabe e que pode ser de grande valia para conquistarmos um cliente, um emprego novo, uma nota boa em uma avaliação, enfim, para conquistarmos o que precisamos ou almejamos.

    Focando no aspecto organizacional do tema e analisando por uma ótima mais administrativa, o que seria de uma empresa se seus empregados não cooperassem entre si e tivessem apenas a competição como parte do trabalho diário? Com certeza, os resultados nao seriam favoráveis (isso levando em consideração um mercado que não prioriza os "acordos de comércio" ou os cartéis). Teríamos, internamente, profissionais extremamente estressados, ansiosos, desanimados ou indispostos e, externamente, uma empresa sem chance de crescer no mercado.

    O importante é dosarmos cada parte. É sabermos o momento certo de competir e de cooperar. Quando temos essas duas necessidades bem divididas, o sucesso é garantido.

    E voce, o que pensa a respeito?

    Em um proximo post, explanarei os fundamentos teóricos desse ponto de vista.

    Fonte: cooperação In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013. [Consult. 2013-03-09]. Disponível na www: <URL: http://www.infopedia.pt/lingua-portuguesa/coopera%C3%A7%C3%A3o>; competição In Infopedia  http://www.dicionarioinformal.com.br/competição/



    sábado, 2 de junho de 2007

    Quatros pilares da educação: tê-los no nosso dia-a-dia é bom e faz bem












    *post publicado em 2007 e republicado com alterações

    Será apenas uma utopia ou perfeitamente possível que vivamos, trabalhemos, estudemos e cresçamos em ambientes nos quais todos se ajudam, respeitam as diferentes opiniões, e objetivam realizar o que foi proposto mantendo a harmonia do grupo? Se pararmos para pensar nas disputas acirradas que travamos todos os dias desde a hora que acordamos até a hora que vamos dormir, em qualquer um dos ambientes que vivemos, poderíamos que cooperação é uma utopia.

    A disputa é algo extremamente presente no dia-a-dia de um indivíduo. Diariamente presenciamos disputas na família, no trânsito, no relacionamento e no nosso local de trabalho, seja pela atenção do chefe, pelo melhor bônus ou por uma promoção. Essa postura hoje adotada como padrão nos condiciona a sempre vivermos em constante competição. Há aqueles que chegam ao ponto de competir consigo mesmos, processo que se dá naqueles momentos que exigimos a maior perfeição possível em algo que fazemos, independente das adversidades existentes.

    Será que isso é realmente necessário? Será que não podemos viver em ambientes harmônicos, que não possibilitem e nem alimentem a prática da cobiça, do egoísmo, do individualismo e unicamente do bem próprio? 


    E mais: se falamos nos quatro pilares da educação, por que não usarmos esses mesmos quatro pilares no nosso dia-a-dia, um passo além da sala de aula?

    Mas antes de tudo, quais são esses quatro pilares? Segundo a síntese da 46ª Conferência Internacional sobre a Educação, da Unesco, "aprender a conhecer", "aprender a fazer", "aprender a ser" e "aprender a viver juntos". 


    Aprender a conhecer significa assimilar conhecimentos, independentemente de quais sejam, especializando ou direcionando o aprendizado para aqueles mais específicos. É aqui que entram aquelas discussões com colegas de trabalho quando há divergências de opiniões. Se todos praticassem a arde do “saber escutar” e de aprender novas opiniões seríamos especialistas nesse pilar. Difícil? É apenas questão de prática.

    Aprender a fazer consiste tanto em adquirir habilidades, quanto competências necessárias no realizar do cotidiano de um indivíduo, inclusive nos trabalhos em equipe. Ou seja, ninguém nasce sabendo tudo. Seu chefe, seu gestor ou aquele colega de trabalho que possui mais habilidade com cálculos ou redação, aprendeu o que sabe com a vida, com a escola, com a família ou com a sociedade. Todos possuem essa capacidade, independente da forma que a adquiram. Cabe a cada um ofertar o que sabe e conseguir agregar novos conhecimentos com os saberes dos demais. Isso é um trabalho em equipe.

    Aprender a ser significa desenvolver sua personalidade de acordo com valores e crenças adquiridos, assumindo suas responsabilidades, seus deveres e exigindo seus direitos. Essa também é uma face do trabalho em equipe: quando se assume um compromisso, se dispõe a realizar uma tarefa, aceitando a opinião dos outros de forma construtiva, se deve arcar com a responsabilidade que isso lhe trará, e com os deveres que deve assumir, sabendo que seus direitos também precisam ser respeitados. Muitas vezes sentimos que isso não acontece em nosso ambiente de trabalho. Muitas vezes nos sentimos injustiçados, contrariados e desestimulados quando opinamos ou realizamos uma tarefa que não corresponde ao senso comum. Nem sempre somos reconhecidos pelo que fazemos ou recebemos aquele incentivo que tanto precisamos para continuar. E é aí que pergunto: saber ser não é primordial para uma organização ter sucesso?

    Aprender a viver juntos é aprender a viver em sociedade, em grupo, em equipe. É saber compreender as diversidades culturais, as diversas crenças, formas de pensar, gostos e escolhas. É ter tolerância e respeito. É ter consciência que tudo que realizamos, pensamos ou fazemos influenciará de alguma forma o nosso ambiente. É saber que tudo depende de nós, do coletivo, dos indivíduos juntos. Uma organização só funciona se soubermos trabalhar em grupo, decidir pelo bem comum, respeitar a opinião de todos e estimular a vontade de participar. A paciência é o melhor exercício para praticar. Se não a tivermos, não há organização, família, relacionamento e vida pessoal que tenha êxito.

    Diante disso pergunto: os quatro pilares da educação nao sao primordiais para uma empresa, equipe e ate para nossa vida?

    Pensem nisso.