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sábado, 23 de março de 2013

Como tudo começou... jogos cooperativos



    Relendo os posts de 2007 vi que prometi escrever sobre os princípios teóricos da cooperação e da competição que me fizeram ter o ponto de vista que defendia (e ainda defendo), princípios estes que fundamentam a minha visão de como devemos agir quanto organização.

    Este post tao prometido esta em desenvolvimento, nao se preocupem! Foram 6 anos longe desse tema, mas que jamais deveria ter deixado de lado. Antes de retomar as explanações, senti a necessidade de contextualizar o porque de ter voltado a escrever no blog, e mais: do porque de ter retomado este tema que tanto me fascinou.

    Vale dizer que a base teórica que tinha naquela epoca estava restrita a formação do educador, principalmente da área de Educação Física (principal focos daqueles que escrevem sobre os jogos cooperativos). Tive grande dificuldade em desenvolver meu trabalho de conclusão do curso de Letras Português/Espanhol em 2005 porque nao havia (e creio que ainda nao ha) uma base bibliografica forte sobre o tema em outras areas de ensino como, no meu caso, ensino-aprendizagem da língua espanhola no Ensino Médio. 

   Ah, quero aproveitar a oportunidade de agradecer ao Fabio Otuzi Brotto, quem muito me ajudou no desenvolvimento da minha monografia sem nunca ter me conhecido pessoalmente (apenas por troca de e-mails) e ao Terry Orlick, quem idealizou na decada de 70 os jogos cooperativos.

    De uma certa forma me sinto pioneira em ter feito uma pesquisa sobre o assunto no ensino da lingua espanhola, pois naquela epoca nao lembro de ter localizado ninguem que houvesse publicado algo sobre isso. Tanto que decidi publicar meu trabalho de monografia da SBPC realizada em Fortaleza-CE em 2005, sobre o tema:

JOGOS COOPERATIVOS: 
FACILITADORES DO ENSINO-APRENDIZAGEM DA LINGUA ESPANHOLA NO ENSINO MEDIO


*publicado nos Anais da 57ª Reunião Anual da SBPC - Fortaleza, CE - Julho/2005 (http://www.sbpcnet.org.br/livro/57ra/programas/senior/RESUMOS/resumo_1207.html)


   Mas os anos passaram e a vida se encarregou de trilhar um outro rumo para meus passos profissionais. Entrei no Unibanco, trabalhei com Gestão de Pessoas e Acompanhamento de Metas, voltei meus estudos para Administração de Empresas na epoca e me veio a ideia de aplicar os meus conhecimentos em jogos cooperativos tambem no ambiente bancario, um ambiente extremamente competitivo e que exerce muita pressao psicologica e física em seus funcionários. Sei que como jogo em si nao seria possivel aplicar, mas utilizar a essência da cooperação para melhorar o dia a dia do ambiente de trabalho e assim aumentar o prazer e diminuir o sofrimento nesse ambiente. Nao consegui ainda aplicar essa minha ideia e, mesmo tendo mudado de casa financeira, continuo com o proposito de desenvolver um programa de incentivo a cooperacao interna para o desenvolvimento da competicao externa das organizacoes.

      Assim que resolvi retomar o blog em questao, agora mais voltado para as organizacoes e ainda mais disposto a colaborar com a bibliografia disponivel no mercado sobre o assunto.



sexta-feira, 8 de março de 2013

Estive ausente, mas a prevalência da competição continua, firme e forte!

      Retornando após alguns bons anos longe do blog, vejo que esse tema continua em alta como sempre esteve. As economias brasileira e mundial tiveram suas oscilações e ainda esta se recuperando, o foco do governo mudou de direcionamento (ou sera que apenas mudou de líder?). E as empresas continuam buscando novas alternativas de galgarem ainda mais espaço (ou de criarem o seu próprio espaço) num ambiente extremamente competitivo. A questão que fica é sobre qual a porcentagem de cooperação ou de competição que de fato deva ser incentivada no ambiente de trabalho para que alcancem o seu espaço e apenas o ampliem gradativamente, de forma saudável e sustentável.

      Completando 7 anos no ambiente bancário e acumulando uma experiência considerável em matéria de cooperação e competição no ambiente de trabalho, ainda me espanto como que o ambiente organizacional quase nada sabe (ou nao quer saber) sobre as graves consequências da falta de cooperação e excesso de competição entre seus membros. Ainda encontramos muitos gestores que não entendem o grau de importância da cooperação no atingimento dos objetivos e das metas da organização, e do trabalho em equipe e com equipes.

      Lendo assim pode parecer que sou completamente contra a competição no ambiente de trabalho, mas não é verdade. A competição tem seu valor e em um ambiente empresarial como o bancário, o qual é disposto de tal forma que as pessoas praticam constantemente a competição entre seus colegas de trabalho em prol do atingimento das metas. Vale dizer que essas metas sao traçadas com base em perdas  financeiras (risco das operações contratadas), spread e nas conseqüências de ganhos, sendo calculadas sempre com um propósito bem definido por uma Diretoria.

     Assim, a competição serve de estimulo, o mesmo estimulo desenvolvido durante os anos escolares nas olimpíadas e nos jogos (esportivas ou nao). O que deve ser questionado é o momento de estimulo a essa competição e o momento do incentivo a cooperação.

      Com isso fica a pergunta: para se atingir as metas é primordial incentivar a competição entre os funcionários ou a cooperação, para que todos possam atingir o objetivo em comum?

    Com essa retomada do blog trarei alguns artigos e comentários sobre livros que dizem respeito a este assunto, pois o objetivo foi e sempre sera enriquecer a bibliografia a respeito de Cooperação Externa e Competição Interna no ambiente de trabalho.